“Admirável claridade de Santa Clara cujo esplendor de vida quanto mais se analisa, mais admirável se reconhece. Se já luzia no século, resplandeceu na vida religiosa. Se na casa paterna foi um raio luminoso , no claustro brilhou com todo o fulgor. Se brilhou na terra, resplandeceu no céu.” (Bula de Canonização de santa Clara, 3)
Nos dias 25 a 29 de julho de 2016 o nosso confrade Frei Jairo Lima esteve assessorando uma semana de formação para as Irmãs Clarissas do Mosteiro Nazaré de Lages-SC. O curso foi sobre a Instrução da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, intitulado Verbi Sponsa que trata sobre a vida contemplativa e a clausura das monjas.
Traçando um breve recorrido sobre a história da vida religiosa, especialmente no que diz respeito ao monaquismo desde as suas origens, o assessor foi delineando as diferentes modalidades que a separação do mundo foi assumindo nas diferentes expressões do monaquismo (eremita ou cenobita) masculino e feminino.
No século XIII, com Santa Clara de Assis, a vida religiosa reclusa ganha uma nova expressão e impulso. A vida fraterna em pobreza, oração, penitência e clausura foi um carisma dado pelo Espírito Santo a Clara de Assis, não foi uma imposição da Igreja contra sua vontade. E somente a partir da fundação do Mosteiro de São Damião, começam a surgir os primeiros documentos pontifícios com legislação a respeito da clausura.
E da clausura de Santa Clara e das primeiras irmãs pobres passamos para a atual legislação sobre a clausura, que tem diferentes matizes dentro da diversidade dos institutos religiosos, mas que para as monjas dedicadas exclusivamente à vida contemplativa é designada como clausura papal. “A disciplina da clausura constitui, portanto, um dom, visto que tutela o carisma fundacional dos mosteiros.” (VE 9)
E durante a semana de estudos as irmãs se alegraram com a notícia de que já saiu em português a Constituição Apostólica “Vultum Dei Quaerere” (A busca do Rosto de Deus) do Papa Francisco, com data de 29 de junho de 2016, sobre a vida contemplativa feminina.
A semana foi muito proveitosa e avaliada positivamente pelas Irmãs Clarissas, que no seu quotidiano encontram resistências e incompreensões à sua forma de vida por viverem como Santa Clara, que “encerrada no segredo do claustro, esta luz irradiava para o exterior; embora recolhida entre paredes de um mosteiro, esta luz era projetada para todo o mundo; protegida no interior, irradiava para o exterior.” (Bula de Canonização de Santa Clara, 4).
+ Em louvor de Cristo! Amém.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Jairo Silva de Lima ()