SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO - 06/12/2020 Um coração novo para um tempo novo.
SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO - 06/12/2020
Um coração novo para um tempo novo.
(Preparar: Acolhida – Acender a 2ª vela da Coroa do Advento)
ACOLHIDA
Animador: Sejam todos bem-vindos a este encontro de comunhão e celebração do Advento. A
Liturgia nos convoca a preparar os caminhos do Senhor, pela conversão e pela esperança de
novos tempos de paz, de fraternidade e de luz. A segunda vela da Coroa do Advento, que é
acesa, nos dá este sinal da proximidade da grande Luz que é Jesus. Iniciemos nossa celebração,
cantando.
ATO PENITENCIAL
Animador: “Preparai os caminhos do Senhor”, é o convite que nos é feito insistentemente. Do
nosso coração, por vezes desertificado, arranquemos tudo o que significa treva e morte, para que
seja inundado pela Luz que é Jesus. Humildemente peçamos perdão.
- Da falta de simplicidade, humildade e empenho para mudarmos nosso coração, Senhor, tende
piedade de nós.
- Da falta de esperança, fé e alegria que possam contagiar os corações indiferentes, Cristo, tende
piedade de nós.
- Da falta de prontidão em servir os mais necessitados e excluídos, Senhor, tende piedade de
nós.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Is 40,1-5.9-11
2ª Leitura: 2Pe 3,8-14
Evangelho: Mc 1,1-8
REFLEXÃO
Neste segundo domingo do Advento somos convidados a preparar os caminhos do Senhor
que está próximo. É um tempo de atenção e vigilância. O profeta Isaías nos diz que o tempo já se
completou. O que era escravidão, sofrimento e morte está chegando ao fim. Vivemos um tempo
de esperança. Jerusalém se reergue de sua miséria e se reveste com as vestes da justiça. Todos
os crimes da antiga Jerusalém foram perdoados e agora é hora de recomeçar. Para todos nós é
tempo de corrigir nossos erros e de confiar na misericórdia de Deus. Isaías fala de uma voz que
grita no deserto para abrir um caminho para Deus. Em qual deserto nós vivemos hoje e quem é
essa voz?
Nós hoje vivemos em diversificados tipos de desertos, sobretudo no deserto da fé no Deus
da vida, o deserto da fidelidade à sua vontade, da essência que dá sentido ao nosso viver. As
pessoas colocam tantas outras coisas no lugar de Deus e não percebem que sua vida está se
desertificando. As coisas materiais dão uma falsa satisfação, ou uma satisfação momentânea,
mas não preenchem as lacunas deixadas pela ausência de Deus. Por outro lado, são muitas as
vozes, os clamores que nos cercam, pedindo que abramos nossos olhos e, com os olhos abertos,
abramos um caminho neste deserto. Destacamos a voz do Papa Francisco com sua coragem
profética, com seu agir libertador e com seu testemunho contagiante, a Igreja do Brasil que nos
aponta diversos caminhos, diversas propostas para a travessia desse deserto, dentre eles, uma
paróquia discipular missionária, sinodal que envolva todos, privilegiando o protagonismo dos
leigos e leigas na diversidade de ministérios e serviços. Isaías nos convoca endireitar os
caminhos tortuosos e incoerentes de nossa vida, a aplainar uma estrada, superando com a
coragem e a força da fé os muitos obstáculos e muros da indiferença, do ódio, da intolerância, da
violência, que gera tanta morte e se interpõe no caminho do encontro do Cristo que vem.
Natal não é um dia mágico, embora se fale da magia do Natal! Quem não se prepara para
ele, quem não aplaina e endireita os caminhos os caminhos de sua vida, dificilmente se
encontrará com Jesus no Natal. Para encontrar a Jesus, é indispensável um verdadeiro encontro
com os irmãos e irmãos. Além de atender à convocação de João Batista, nós como ele, devemos
ser mensageiros convocando a todos a preparar os caminhos do Senhor. Como cristãos, como
discípulos missionários de Cristo, estamos sendo essas vozes que gritam nos desertos de nossos
tempos? João pregava um batismo de conversão. Quem assumia o batismo se comprometia em
mudar de vida, livrar-se dos erros, dos pecados, das falhas cometidas, para acolher e assumir a
vida nova em Cristo. João fez toda esta preparação para a vinda do Senhor, na humildade e no
despojamento no vestir e no alimentar-se, e falava da grandeza de Deus, colocando-se bem
abaixo dele, a ponto de não se sentir digno de desamarrar as correias de suas sandálias. Esta
humildade deve perpassar nossa vida e o nosso coração neste tempo de Advento, não deixando-
nos absorver por esta ânsia desenfreada de consumir e acumular coisas. Jesus só nasce na
simplicidade da manjedoura de um coração despegado, solidário, amoroso e vigilante, esperando
o cumprimento da promessa de Deus na esperança de novos céus e novas terras, onde habitará
a justiça.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: Animados pelo alegre anúncio da vinda de Jesus, o Salvador, peçamos confiantes ao
Pai a sua graça e salvação para todos os que aguardam a luz do Senhor, suplicando: Vinde,
Senhor Jesus, orientar-nos com vossa luz.
1 – Para que possamos perceber e reconhecer as sombras do egoísmo e da mesquinhez, da
discórdia e da vaidade em nosso coração, afim de nos converter e nos preparar para o santo
Natal, rezemos.
2 – Para que os medos e angústias, desânimos e depressões do nosso coração se transformem
em luz, alegria e esperança, rezemos.
3 – Para que movidos pela luz da fé, ajudemos às nossas comunidades a viver um Natal marcado
pela fraternidade, solidariedade e paz, rezemos.
4 – Para que não nos esqueçamos dos enfermos, das crianças e anciãos abandonados, que eles
sintam a proximidade de Jesus, pela nossa ternura, carinho e atenção, rezemos.
5 – Para que os povos descubram e acolham a luz e a misericórdia do Senhor, transformando as
trevas da injustiça e exclusão em fraternidade e inclusão, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador: Ofertamos ao Senhor, junto com o pão e o vinho o nosso coração e o nosso mundo
com suas lutas e dificuldades, com suas angústias e sofrimentos, para que tudo seja
transformado em vida nova, luz, alegria e paz. Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: A partilha do pão que dá vida ao mundo é um dos sinais mais evidentes dos novos
céus e da nova terra. Participemos, com alegria da Mesa do Senhor, cantando.