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TRIGÉSIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM 25 de outubro de 2020

Publicado por Frei Carlos Raimundo Rockenbach | 20/10/2020 - 11:13

TRIGÉSIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM

25 de outubro de 2020

Somos Igreja em saída, movida pela força do amor.

ACOLHIDA 

Animador: Queridos irmãos e irmãs em Cristo, Missionário do Pai: Paz e Bem! Neste último domingo do mês missionário, mais uma vez o amor de Deus nos reúne ao redor de sua mesa para viver, celebrar e aprofundar nossa comunhão com Deus e com nossos irmãos e irmãs. o nosso próximo. Acompanhemos a procissão de entrada, cantando.

ATO PENITENCIAL

Animador: O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis e complementares. Com humildade, confiemo-nos à misericórdia de Deus, e ao seu amor incondicional suplicando seu perdão, com o canto.

GLÓRIA

Animador: Glorifiquemos a Trindade Santa, pelos incontáveis sinais visíveis de amor a Deus testemunhados no amor ao próximo pelos que assumem com alegria e coragem profética a sua missão, cantando.

LITURGIA DA PALAVRA 

Primeira leitura: Ex 22,20-26

Segunda Leitura: 1Ts 1,5c-10

Evangelho: Mt 22,34-40 

REFLEXÃO 

A liturgia desse último domingo do mês missionário aponta para o que nos identifica como filhos amados do Pai: a observância dos mandamentos, e o que nos configura com Jesus Cristo: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Os fariseus eram observantes rigorosos e fanáticos de todos os detalhes das leis. No Antigo Testamento havia 613 mandamentos, sendo 365 proibições, e o restante, recomendações. A grande maioria do povo era iletrado, analfabeto, não tinha como aprender e muito menos observar estas leis, muitas delas tradições humanas absurdas. O desconhecimento e a não observância de todas as normas implicava em exclusão e marginalização. Jesus sensível esta realidade, reduz até mesmo os dez mandamentos dados por Deus a Moisés em apenas dois. Questionado pelos fariseus sobre qual era o maior mandamento, Jesus responde: “Amar a Deus de todo coração, de toda a nossa alma e de todo nosso entendimento”, isto é, amá-lo com todo o nosso ser, de corpo e alma, um amor que vem das entranhas e não apenas um amor verbal. Nada nem ninguém, deve ocupar o lugar de Deus. O amor a Deus só é autêntico acrescido da segunda parte: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Somente quem ama os irmãos e irmãs demonstra que ama a Deus. Dizer que amamos a Deus é fácil, mas o desafio está em viver esse amor, no amor aos irmãos e irmãs.

Tem gente que diz que ama a Deus, mas vive em contendas com seus irmãos, não consegue perdoar as pessoas, guarda mágoas, alimenta rancores e ódio no coração; tem gente que diz que ama a Deus, frequenta missas, comunga e cumpre com as obrigações religiosas, mas é incapaz de ter um gesto de solidariedade, misericórdia e compaixão para com os sofredores, excluídos e descartados do banquete da vida; há os que dizem que amam a Deus, mas são injustos, desonestos, corruptos, ou coniventes com a perversidade dos que exploram e massacram o povo; outros dizem que amam a Deus, mas não se comprometem com os trabalhos pastorais da comunidade e ainda falam mal da vida alheia... quem assim procede vive os mandamentos de Deus? É óbvio que não. Jesus diz claramente que não é possível amar a Deus, se não amarmos nossos irmãos. João, numa de suas cartas acentua esta verdade dizendo: “quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o próximo que vê, é mentiroso”.

O Papa Francisco afirma que o “mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência. O nosso Deus que amamos e a quem juramos fidelidade é o Deus defensor dos pobres. Isto está bem evidente na primeira leitura, onde Deus toma a defesa dos mais desamparados: “Não oprimas nem maltrates o estrangeiro. Não façais mal algum à viúva e nem ao órfão”. A verdadeira religião se firma na fidelidade a esse Deus que manifesta o seu amor pelos últimos da terra, os excluídos, desprotegidos e rejeitados da sociedade, como nos comprovam os ensinamentos e a prática de Jesus.

A Palavra de Deus nos faz lembrar que ser cristão significa ser missionário do bem, do amor, da justiça. Isso supõe o desmascaramento dos ídolos que mantém o povo à margem da vida e das celebrações que cultivam um falso deus, um culto vazio. O que garante a autenticidade de nosso culto é a prática do amor.

PRECES DA COMUNIDADE 

Animador: A Deus que nos ama incondicionalmente. Confiantes elevemos a ele nossas preces, rezando: Deus de amor, atendei-nos.

  1. Para que o nosso testemunho de Discípulos Missionários de Cristo leve a Palavra de Deus às diferentes periferias geográficas e existenciais, Rezemos ao Senhor...

  2. Para que em nosso dia-a-dia o amor a Deus e ao próximo seja a razão primeira da nossa vida e missão, Rezemos ao Senhor...

  3. Para que possamos demonstrar, concretamente, o nosso amor ao próximo com atitudes de compaixão, misericórdia, solidariedade e partilha, Rezemos ao Senhor...

  4. Por todos os que exercem Serviços e Ministérios em nossas comunidades como verdadeiros Missionários, para que se deixem iluminar pela palavra de Deus, Rezemos ao Senhor...

 

PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS:

Animador: O Senhor quer servidores fiéis e conta com cada um de nós. Junto com o pão e o vinho, oferecemos nossos dons, expressando o desejo de sermos Discípulos e Missionários de Jesus, enquanto cantamos.

 

COMUNHÃO: 

Animador: Jesus nos deu a maior prova de amor a Deus e ao próximo, dando a sua vida por todos nós e permanece conosco através da Eucaristia. Enquanto nos dirigimos a mesa sagrada, cantemos.

Sobre o autor
Frei Carlos Raimundo Rockenbach

Frei Capuchinho da Província Sagrado Coração de Jesus, Rio Grande do Sul