VIGÉSIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - 27 de setembro de 2020
VIGÉSIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - 27 de setembro de 2020
Dia Nacional da Bíblia
Tema: “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11)
(Preparar: Acolhida solene da Bíblia e colocá-la num lugar de destaque)
ACOLHIDA
Animador: Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! A Bíblia é uma carta de amor de Deus para
o seu povo. É o meio pelo qual Ele continua falando ao nosso coração, revelando-nos sua
vontade, sua misericórdia, sua ternura, seu amor e generosidade sem medida. A expressão
máxima desta revelação é Jesus Cristo. Ele é o Sacramento do Pai, “a imagem visível do Deus
invisível”. Ele é o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem. Iniciemos nossa celebração
cantando.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós
e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo a
vossa misericórdia. Com gratidão e humildade, supliquemos o perdão de Deus, cantando.
HINO DO GLÓRIA
Animador: Glorifiquemos a Deus pelos que de boa vontade, fidelidade e alegria trabalham na
vinha do Senhor, a comunidade cristã, cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
Animador: O Reino de Deus é daqueles que se reconhecem necessitados da misericórdia de
Deus, crendo, arrependendo-se e assumindo sua missão com fidelidade e alegria. Ouçamos.
1ª Leitura: Ez 18,25-28
2ª Leitura: Fl 2,1-11
Evangelho: Mt 21,28-32
REFLEXÃO
Deus continua a nos chamar para trabalhar na sua vinha. Qual será a nossa resposta?
Será que estamos ouvindo seu chamado? Se o estamos ouvindo, que tipo de resposta estamos
dando? Será que dizemos “sim” e depois recuamos e não vamos, ou dizemos “não”, mas depois
revemos nossa postura e decidimos ir?
Jesus conta a parábola de hoje para os sumos sacerdotes e os anciãos do povo, ou seja,
os que de alguma forma tinham dito “sim” a Deus, achando-se santos e perfeitos, mais dignos
que os outros, a ponto de se sentirem no direito de apontar o dedo contra os que não pensavam e
agiam como eles, vivendo, assim, uma religião excludente e de aparência, que legitimava a
marginalização dos pecadores e não lhes dando chance de conversão e mudança de vida. Em
síntese o “sim” desses era só da boca para fora. Jesus vem para mudar essa ordem injusta e
mostra que os pecadores são os preferidos dele, não por causa de seus pecados ou porque
aprovasse o pecado, mas pela necessidade de conversão e salvação que estes tem. Em outra
passagem ele deixa claro essa opção ao dizer que quem tem saúde não precisa de médico, mas
sim quem está doente. A liturgia de hoje nos desafia a mostrar quem somos diante de Jesus e
diante das pessoas. Se não assumirmos um compromisso efetivo com ele, não teremos parte no
banquete do seu Reino.
Na sequência, Jesus se refere aos que inicialmente dizem “não”, mas depois mudam de
ideia e vão trabalhar na vinha do Senhor. Esses são representados pelos cobradores de impostos
e as prostitutas, que acolhendo o chamado, a misericórdia do Pai, mudaram de vida. É o caso do
próprio Mateus, único Evangelista a narrar essa parábola. Ele era cobrador de impostos,
portando, considerado pecador público, mas se converteu e se tornou Apóstolo e Evangelista.
Outros como ele, se sentaram à mesa com Jesus e mudaram de vida.
Pelo batismo todos nós dizemos “sim” a Deus. Pelo batismo ele nos chamou a trabalhar na
sua vinha. Dizemos “sim”, mas não são todos os que assumem a missão nas comunidades e no
empenho pela justiça, verdade e vida digna para todos. Não basta ir à missa todos os domingos,
comungar e seguir os preceitos religiosos. Isso é muito importante, mas não basta. Se não nos
comprometemos com a causa de Jesus, que é a defesa da vida, de amor e solidariedade para
com os sofredores e excluídos, seremos como o primeiro filho, que disse “sim”, mas foi
incoerente, falso e indiferente.
Por isso, é decisivo e vital, considerarmos o que São Paulo nos pede: “Tenham em vós os
mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo”. Ele não se apegou a sua condição divina, mas
se fez o mais humilde, assumindo e compartilhando nossa condição humana. Ele não retém nada
para si, mas doa sua própria vida em favor dos excluídos e descartados da sociedade, para
devolver-lhes a dignidade perdida ou roubada. Pelo seu SIM vivido plenamente, glorifica ao Pai
que está nos céus. Se cultivarmos em nós os mesmos sentimentos de Jesus, faremos também as
obras dele, tornando o nosso “sim”, autêntico e coerente, configurando-nos com ele em seu ser,
agir, e estilo de vida.
PRECES DA COMUNIDADE
Animador: De coração humilde e confiante, coloquemos no coração do Senhor nossas súplicas,
rezando: Senhor, acolhei-nos em vossa misericórdia.
1 – Pela Igreja, para que seja sempre compreensiva e acolhedora, ajudando aos mais fragilizados
e necessitados, rezemos.
2 – Para que cultivemos sempre em nosso coração o respeito, a tolerância, aceitando e
acolhendo as diferenças, rezemos.
3 - Por todos nós, para que movidos pelo Espírito Santo, sejamos verdadeiros discípulos
missionários de Jesus Cristo, em nossas comunidades, rezemos.
4 – Para que tocados pela misericórdia de Deus, superemos em nosso Brasil a cultura do ódio e
da intolerância que divide e enfraquece o nosso povo, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador: Sentados. Apresentemos ao Senhor, junto ao pão e o vinho, o nosso coração
arrependido e o desejo vivermos com alegria e audácia a nossa vocação missionária, cantando.
COMUNHÃO
Animador: O mesmo Jesus que acolheu os pecadores em torno da mesa nos convida e nos
acolhe para participarmos do seu banquete e da sua vida. Cantemos.