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Morre em Caxias do sul, frei Zeferino Rossetti

19/08/2015 - 08h54
Contava com 90 anos. Era irmão capuchinho com 66 de profissão religiosa

     Frei Zeferino Rossetti  (87)  morreu às 5h30 da quarta-feira, 19, de falência de múltiplos órgãos, no Hospital da Unimed, em Caxias do Sul, onde estava internado há 90 dias, desde o dia 20 de maio passado. Era irmão capuchinho com 66 de profissão religiosa na Ordem.

 

  Historico:

    Filho de João Rossetti e Hermínia Didoné Rossetti, nasceu em 23 de abril de 1925, em Caxias do Sul, e foi registrado com o nome de Augusto. Foi batizado na Capela N. Sra. da Saúde pelo Pe. Orestes Valetta. De uma família de 16 irmãos/ãs, dos quais ainda vive o irmão Francisco, de 87 anos, frei Zeferino era irmão dos capuchinhos freis Ivo e Elói, falecidos, respectivamente em 2005 e 2013.

     Aos 22 anos, ingressou no Convento dos Capuchinhos em Flores da Cunha. Também em Flores da Cunha vestiu o hábito capuchinho no ano seguinte, quando fez o noviciado. Em 6 de janeiro de 1949 professou os votos religiosos tornando-se irmão capuchinho e assumindo o nome de frei Zeferino de Caxias.

A vida de frei Zeferino foi dedicada aos serviços fraternos na cozinha dos seminários (onde preparava refeições para quase 300 seminaristas), nas hortas dos conventos, no cuidado de parreirais (onde ensinava aos seminaristas o trato das parreiras) e na cantina de vinho.

Viveu e trabalhou nos seminários de Ipê e Veranópolis a maior parte de sua vida; dois períodos em Ipê e três em Veranópolis. Em Veranópolis, no entanto, por três períodos, o primeiro de 13 anos, o segundo de seis e o terceiro de 30 anos, de 1972 a 2001. Nos 49 anos que viveu e trabalhou em Veranópolis, além de seu testemunho de oração e trabalho, destacou-se nas atividades do cuidado de parreirais e na cantina produzindo excelentes vinhos. Em Veranópolis dedicou-se também à música e ao canto pastoral. Sabia tocar teclado e dirigiu um coral de crianças, tendo, inclusive, se apresentado na então TV Difusora, no programa “Missa pelo 10”.

Também viveu e trabalhou nos conventos de Garibaldi, Flores da Cunha e Ijuí, além da granja São José, em André da Rocha. Enquanto teve forças e saúde, trabalhou intensamente durante 55 anos. Somente em 2005 veio residir em Caxias do Sul: durante sete anos na Fraternidade São Maximiliano Kolbe, Desvio Rizzo, e, desde 2012, recebendo cuidados de saúde na Casa São Frei Pio, junto à Fraternidade Imaculada Conceição. Nos últimos 15 anos frei Zeferino teve problemas com o trato urinário, fibrose pulmonar, cirurgia de próstata, cirurgia de coluna, AVC transitório e crescente dificuldade para caminhar, permanecendo boa parte do tempo no quarto e na capela da Casa S. Frei Pio.

Em janeiro de 1999 celebrou o jubileu de ouro de vida religiosa, junto com outros sete capuchinhos, entre eles os bispos, hoje eméritos, Dom Clóvis Frainer e Dom Osório Bebber. A solenidade aconteceu em Flores da Cunha por ter sido o local onde fizeram a profissão dos votos.

Frei Zeferino foi um religioso que dedicou sua vida ao trabalho duro, mas soube, na sua alegria e simplicidade, ser o homem da oração e do silêncio.

 

Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB

Por Frei João Carlos Romanini (Casa São Frei Pio)

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