O Museu dos Capuchinhos – MusCap, realiza nesta quarta-feira (23), às 18h30min, a abertura da exposição São Francisco – Il Poverello d’Assisi, da artista Benedita Zadoná Ceccato. O trabalho é a primeira opção das duas exposições de artistas e coletivos selecionados através do Edital #ocupaMusCap.
Entre as 10 peças de barro que compõem a exposição temos: Il Poverello d’Assisi, O Peregrino, O Encanto da Palavra, Alma de Poeta, Serenidade, Homem do Século, O Visionário, As Virtudes, Meu Deus e Meu Tudo. A paixão por São Francisco de Assis e sua filosofia de vida, trouxe a inspiração para criar uma mostra tão simples quando à vida do "Poverello d"Assisi". As peças são um retrato da vida de São Francisco, o amante da natureza, o cuidador dos animais, o que rezava cantando, o poeta que meditava na gruta, o apaixonado pelo Cristo, o homem simples, mas visionário, enfim, um exemplo não apenas para seu século, mas para todo o milênio.
A família Ceccato encontrou na terra e no barro o tesouro dos seus sonhos: a economia e a alegria do trabalho diário. De uma olaria artesanal para uma fábrica de tijolos. Os pais de Benedita, Domingos Luiz Zandoná e Dozolina Amábile Ferronato Zandoná, eram da Ordem Terceira Franciscana; a reza do Ofício de São Francisco acompanhou sua vida, ligada à pequena Igreja de São Francisco, na comunidade de São Francisco do Retiro, Veranópolis, onde Benedita nasceu.
Ao longo da vida a artista viu no barro a possibilidade de expressar sua arte. Residente em Vila Flores, a inspiração mais marcante vem da Oração da Paz, do Cântico do Sol e da vida simples franciscana. O casamento com Jacir Ceccato despertou a artista para o trabalho com o barro, seguindo a atividade cerâmica da família. Professora aposentada, Benedita dedica-se ao ateliê L’Arte Ceccato, na Linha Aimoré, interior de Vila Flores. Foi secretária de Turismo, fundadora e integrante do filó italiano de Vila Flores.
Lançamento da Revista Le Musée
Em paralelo à exposição será lançada a 2ª edição da Revista Le Musée. A conservação e o restauro são temas de uma das matérias, mostrando que nesse segmento da atuação museológica são exigidas constantes ações estruturantes com o objetivo de garantir a memória e valorizar a trajetória, a produção e a difusão cultural da instituição e das pessoas que lhe dão a razão de existir, no caso, os Capuchinhos do Rio Grande do Sul e suas entidades. Constam orientações e treinamento sobre conservação de acervos museológicos e a atuação do MusCap na conservação preventiva e, quando necessário, a restauração profunda. Outra dica do editorial é a leitura atenta da entrevista com Carlos Delphin. “Nos jardins da memória” abre para o entendimento de vanguarda do que são os microcosmos denominados “paisagens culturais”.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei João Carlos Romanini (Muscap)