Falar de Tuberculose e Sífilis é preciso

A Casa Fonte Colombo, preocupada com o aumento de casos de pessoas com aids coinfectadas por Tuberculose e ou Sífilis, convidou a equipe de Vigilância em Doenças Transmissíveis de Porto Alegre para aprofundar a temática no Grupo de Adesão ao Tratamento.

A Enfª Laís Lanziotti relembra que a tuberculose é uma doença respiratória transmissível causada pelo bacilo de Koch que afeta, principalmente os pulmões, mas pode ocorrer nos ossos, olhos, pele, sistema nervoso central e sistemas urinário e reprodutor. Ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva são expelidas com o bacilo infeccioso. Mas isto só acontece quando a pessoa não está medicada. A partir do 15º dia de medicação regular a pessoa não transmite mais o bacilo. A doença é curável, mas não gera imunidade. A interrupção, abandono do tratamento, é o principal problema no controle da doença e gera resistência. Por isso é fundamental realizar o tratamento durante 6 meses ou quanto tempo o médico indicar.

Em relação à Sífilis, pode ser transmitida por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. A Enfª Isete Stella afirma que a sífilis é facilmente tratada com injeções de penicilina, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo. O mais importante é que a Sífilis tem cura e o tratamento é muito fácil, reforça Isete.

Tanto a Tuberculose quanto a Sífilis possuem tratamento e têm cura. Então procure seu médico caso tenha tosse por mais de 30 dias acompanhada de febre, emagrecimento, cansaço, suores noturnos e falta de apetite. E, no caso de sífilis, basta surgir uma ferida, pequena lesão avermelhada, nos órgãos genitais, masculino ou feminino, para ir imediatamente ao médico.