Aos Frades Capuchinhos da Província do Piemonte,
a todos os frades da OrdemCaríssimos Irmãos,
Em 22 de setembro de 1770, ao toque da meia-noite, na enfermaria dos frades capuchinhos do Monte de Turim, morria Frei Inácio de Santhià, no século: Lorenzo Maurizio Belvisotti. Quando o Guardião, que estava rezando à sua cabeceira com as palavras da oração litúrgica, pronunciava: “Parte, ó alma cristã, deste mundo...”, Frei Inácio obedeceu e emitiu o último suspiro. Deixou uma profunda lembrança de homem, cristão e frade que tinha evangelicamente abandonado tudo e todo afeto para poder viver em obediência à vontade de Deus e para reconduzir os homens ao Senhor. Passaram-se 250 anos daquela morte santa, mas a memória de Santo Inácio permanece bem viva, obviamente, entre os frades do Piemonte, mas não apenas entre eles.
Convicto de que nos faz bem a todos nós repercorrer, de vez em quando, os passos dos nossos irmãos santos que nos precederam, aproveitemos juntos, de bom grado, a ocasião deste centenário, para daí tirar estímulo e luz para nossa caminhada. Ajudemo-nos a fazer memória ativa, segundo o convite das nossas Constituições, para que “cuidemos do patrimônio espiritual de nossa Fraternidade e o desenvolvamos com amor (...), em especial no que se refere aos nossos confrades que se distinguiram pela santidade de vida, ação apostólica e doutrina” (Const. 6,1-2).
Comecemos, assim, a recordar brevemente os passos terrenos de Santo Inácio.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Douglas Leandro de Oliveira (Cúria MG)