De Santo André - SP, por Paulo Henrique, e imagens de Kiko Ruizz: Em uma bela e concorrida celebração eucarística, na manhã de ontem (14), professaram perpetuamente na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos os freis Jean Carlos de Andrade e Maycon Ferrazoli. Na solenidade da Exaltação da Santa Cruz, os dois frades decidiram entregar-se completamente a Deus, uma vivência integral e radical ao Senhor. Presidiu a celebração o Frei Sermo Dorizotto, Vigário Provincial dos Capuchinhos de SP.
No presbitério cheio, os hábitos com cores e formatos diferentes apontavam a participação de irmãos de outras Ordens Franciscanas, os OFM (Frades Menores) e OFMConv (Conventuais), o que revela muito sobre o perfil amistoso e fraterno dos frades que fizeram a sua profissão perpetua.
Fui crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo que vive em mim! (tema da Profissão Perpétua)
Frei Pedro Antônio, pároco da igreja Santo Antônio, na Vila Alpina, em Santo André - SP, abriu a celebração acolhendo os participantes, especialmente a família dos dois frades. Família: o próprio rito da Profissão Perpétua, no momento da “Chamada”, prevê o momento de “despedida” das famílias, quando os frades manifestam livremente a decisão de se consagrar a Deus, pertencendo a “família” dos capuchinhos, respondendo ao chamado dizendo: “aqui estou!”.
COMO É O RITO DA PROFISSÃO PERPETUA:
Chamada:
Ao responder “aqui estou”, manifesta-se a liberdade da decisão tomada e o desejo pessoal de consagração a Deus. Neste momento deixa-se clara, também, a vontade de pertencer especificamente àquela família religiosa.
Diálogo:
Após a homilia, faz-se o diálogo entre o superior (neste caso o Frei Sermo Dorizotto) e quem irá professar. Apresenta-se diante de toda a comunidade o bom propósito de quem se consagra. Salienta-se, logo na primeira pergunta, a consagração primeira e mais fundamental: o Batismo, da qual depende necessariamente a consagração religiosa.
Prece:
Com a pessoa que vai professar prostrada ao chão, canta-se a solene ladainha. A primeira parte contém a invocação de todos os santos e santas, sobretudo os religiosos(as). A segunda parte consta de uma série de invocações pela Igreja, por quem está se consagrando, por seus pais e sua família religiosa. A comunidade acompanha com as respostas e a intercessão orante.
Profissão dos Votos:
Por meio da “fórmula de profissão” (do verbo proferir = jurar publicamente) realiza-se a consagração definitiva da pessoa a Deus por meio dos votos.
Bênção Solene:
O presidente da celebração eucarística, terminada a profissão dos votos, entoa a solene bênção sobre aqueles que se consagraram. Nesta prece invoca-se a ação de Deus para que conforme os consagrados a Cristo, dando-lhes as graças necessárias para a perseverança na missão.
Acolhida:
Por fim, os que fizeram sua profissão serão acolhidos pelos irmãos ou irmãs de sua família religiosa com um abraço fraterno. Manifesta-se o espírito familiar e de fraternidade daqueles que se reuniram para ter “tudo em comum” (At 2,44).
“Para nós essa festa é muito marcante, celebra a cruz como símbolo não só de morte, mas também de vida e entrega de Jesus, assim como a nossa entrega total a esse projeto de vida no dia de hoje”, disse Frei Jean.
No agradecimento final, os frades reiteraram essa mensagem de entrega e de compromisso: “também nós, seus irmãos, desejamos combater o bom combate e conduzi-lo até o fim, até o esgotamento, de tudo aquilo que ele hoje implica e necessita”, disseram.
Assista a celebração completa:
texto sobre o rito: Revista O Lutador
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Paulo Henrique (Assessoria de Comunicação e Imprensa, São Paulo - SP)