Frei Rogê faz a sua profissão perpétua

São Francisco nos convida a receber com carinho os irmãos que o Senhor nos envia. Com esta alegria, neste sábado (8 de dezembro), na igreja de Santo Antônio, em Santo André – SP, diante da presença de muitos irmãos, comunidade paroquial e visitantes de outras cidades, Frei Rogê Ferreira dos Santos consagrou-se perpetuamente na Ordem. A celebração foi presidida pelo Conselheiro Geral, Frei Carlos Silva, concelebrada pelo Vigário Provincial dos Capuchinhos de São Paulo, Frei Sermo Dorizotto, e pelo pároco da igreja, Frei Pedro Antônio.

Como Maria, dar SIM a tudo o que Deus pedir

Na homilia, Frei Carlos Silva recordou a solenidade da Imaculada Conceição. Falando de Maria, o frei pediu que ela seja referência para Frei Rogê e, assim como ela fez, não hesitar em “dar sim a tudo que Deus lhe pedir”. Ele ainda falou sobre a figura pura de Maria, dizendo que “pureza é, antes de tudo, aquela condição pela qual uma coisa está livre e limpa de toda contaminação. Não existe pureza onde não há fogo de Deus. Aquele que está cheio do fogo de Deus já não tem mais tempo, espaço e interesse para outros fogos e enganos”, disse. “Que o seu sim definitivo seja simplesmente um autêntico sim, um sim corajoso, um amoroso sim, ao Deus que nos disse SIM. Não tenhas medo, assimm como Maria não teve!”, completou.

Uma relação consigo mesmo

Frei Sermo Dorizotto animou os jovens com as palavras de Santo Agostinho, que em suas Confissões conta seu pecados e defeitos e nos diz: “Não corras para fora de ti, volta para dentro, pois é no interior do homem que habita a verdade”. Frei Sermo disse que os que forem capazes de caminhar para dentro de si serão feliz: “Tenha coragem de assumir a existência e caminhar nela. Para ser um bom irmão, seja fraterno consigo mesmo, caminhe consigo, para poder ser luz para o próximo! Os votos perpétuos são definitivos, um compromisso sério. Espero que faça a diferença, assim como Maria. Aceite o convite do anjo a Maria: não tenhas medo, seja capaz de discernir o Espírito e ter um coração que bate no teu peito”, exortou.

A celebração continuou com a prostração de Frei Rogê, pedindo a intercessão dos Santos e, em seguida, nas mãos de Frei Sermo, realizou a sua profissão perpétua através dos 3 votos religiosos: sem nada de próprio, em obediência e castidade.

Vale a pena se entregar nos braços de Deus

Nos agradecimentos, citou um trecho do testamento de Santa Clara: "Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a nossa vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida". Frei Rogê recordou família e amigos e fez um pedido: “desejo que a profissão religiosa seja, para vocês, um testemunho de que vale a pena abandonar tudo para se entregar totalmente aos braços de Deus”.

Com texto de Frei Pedro César Silverio