Capuchinhos, Menores, Conventuais e TOR reunidos em SP

São Paulo (SP) – Nesta segunda-feira, 1º/10, o presbitério do Santuário e Convento São Francisco, em São Paulo, ficou pequeno para receber o grupo que conduziu o 7º dia da novena em honra ao padroeiro. Além do hábito marrom, que os frequentadores já estão acostumados, frades com hábito preto, cinza e outro marrom com um capuz diferente estavam no local. Eram os franciscanos da Terceira Ordem Regular (TOR), Frades Menores Conventuais (OFMConv) e Frades Menores Capuchinhos (OFMCap), as Obediências da Primeira Ordem Franciscana. A celebração já é tradicional no programa da novena da igreja franciscana mais antiga da capital paulista, conforme lembrou Frei Alvaci Mendes da Luz, atual pároco e reitor do Santuário.

A missa, que aconteceu ao meio dia, foi presidida por Frei Carlos Silva, Conselheiro Geral dos Capuchinhos no Brasil e concelebrada por Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial OFM; Frei Maurício Santana Abreu, da Terceira Ordem Regular e por frades de diversas fraternidades de São Paulo. A animação litúrgica ficou sob a responsabilidade dos Frades Conventuais.

São Francisco: clamor profético da verdadeira paz

Em sua homilia, Frei Fidêncio Vanboemmel destacou o tema do dia: “Onde houver discórdia, que eu leve a união”, extraída da Oração pela Paz, atribuída a São Francisco. Ele recordou também de Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja memória é celebrada hoje. “Quando olhamos para um santo, vemos que eles conceberam a vida como uma missão”, afirmou, retomando as palavras do Papa Francisco na Encíclica Gaudete et Exsultate, sobre a santidade no mundo atual.

Frei Fidêncio destacou a vida de oração de São Francisco, que o tornou um exemplo de Evangelho vivo para toda a humanidade até os tempos atuais. “Francisco é o homem da palavra, é o homem feito oração. Ele é a voz decidida de todos os leprosos que clamam por justiça, fraternidade, caridade, inclusão, trabalho, pão, solidariedade, dignidade”, ressaltou, explicando que os leprosos hoje são todas as pessoas machucadas e feridas.

Sobre o ódio, tema do dia, o frade apontou que a sociedade vive um período conturbado, com muitas informações desencontradas e muitas acusações. Também para este tempo, São Francisco é o remédio para uma convivência pacífica. “Em meio a tantas agressões verbais, ofensas, uso covarde de fake news para difamar a dignidade das pessoas, surgimento de novos lobos de Gúbio, Francisco é profeta e protagonista do perdão. São Francisco nos oferece a linguagem do amor como saída para a construção de uma nova humanidade”, assegurou. “Em meio a tantas inverdades, de induções ao erro, no meio de propagação de tantas notícias, às vezes lançadas ao vento sem um pingo de ética e sabedoria, Francisco de Assis é o clamor vivo da verdade”, acrescentou.

Ele concluiu sua homilia pedindo que os presentes sejam sinais de santidade em meio a discórdia, promovendo a paz e a unidade.

Pauta conjunta OFM/OFMCap: Com texto e fotos de Érika Augusto e vídeo de Paulo Henrique