Fiel ao Deus da Vida, os franciscanos se fizeram presentes na Catedral da Sé neste 10 de dezembro, num grande Ato Interreligioso em comemoração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Com a fala de Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, da Igreja Católica; Sheikh Mohamad Al Bukai, da Comunidade Islâmica; Rabino Alexandre Leone, da Comunidade Judaica; Pastor Ariovaldo Ramos, da Comunidade Cristã Reformada; Cacique Adolfo Timóteo, dos povos indígenas guarani; Iyá Adriana de Nanã, religião de matriz africana e monge Ryozan Sensei, do Budismo Zen. O ato foi muito significativo neste tempo de ataques à democracia e a dignidade humana, de incitação à violência, de corte de direitos fundamentais como trabalhistas e previdenciários, na saúde e educação, bem como discriminação e perseguição inadmissíveis aos indígenas, quilombolas, sem terra, sem teto, migrantes e outras milhões de pessoas em situação vulnerável.
E os Direitos Humanos emanam do próprio Evangelho, enquanto Jesus, em todas suas palavras e ações, vem salvar e resgatar o ser humano, imagem e semelhança de Deus. Jesus vê a pessoa humana em seu todo e a quer realizada e feliz, por isso vem “para que todos tenham vida, e a tenha em abundância” (Jo 10,10). Tudo que tolhe a vida humana é contra o projeto de Deus, por isso, Cristo vai ao encontro da vida machucada e perdida, para devolver saúde aos enfermos, libertação aos presos, repartir o pão com os famintos, e, no juízo final, se identifica com todos os necessitados, os nus, os doentes, os famintos, e digamos também os moradores das periferias de hoje, os desempregados, os migrantes, os que sofrem violência, os sem saúde e educação, os sem teto, os sem terra… lembremos que nosso Deus nasce na manjedoura, porque não havia lugar para ele, e na vida adulta não tinha onde reclinar a cabeça!
Urge vivermos o Evangelho que vem salvar e respeitar a toda pessoa humana!
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Marcelo Toyansk S Guimarais (Fraternidade do Postulantado)