Entre os dias 24 e 28 de julho de 2017, cerca de 65 frades das 13 fraternidades da nossa Província Capuchinha do Ceará e do Piauí estiveram reunidos na Pousada dos Capuchinhos, para o Retiro Provincial Anual. Um momento de espiritualidade forte, no qual fomos “conduzidos” por Dom Jacinto Brito, Arcebispo de Teresina.
O pregador nos lembrou diversas coisas preciosas: que escutemos a recomendação do Papa Francisco: “Deixemos ser olhados por Jesus”; que Deus tem seus planos, nem sempre compreensíveis a nós; que Ele nos ama, e que, portanto, podemos confiar sem medo n’Ele, como a criança confia nos pais e a eles recorre nos perigos e necessidades. Ressaltou a importância da oração na nossa intimidade com Deus, e por isso, devemos pedir ao Senhor como o fizeram os discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar”. Refletiu sobre a bem-aventurada Virgem Maria, que representa a parcela do povo que crê – os discípulos de Jesus. Busquemos, na devoção a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, seguir seu exemplo. “Feliz és tu que acreditaste” – diz Isabel a Maria. Felizes seremos também se acreditarmos. Devemos nos perguntar: qual o alcance atual de nossa fé? O que estamos fazendo para alcançar de Deus o dom de aumentar a nossa fé? Também refletiu sobre a Eucaristia como dom e mistério. Ressaltou aí que, ao participarmos da santa missa, devemos nos perguntar se sabemos o que estamos fazendo, se participamos com amor e atenção da celebração, se estamos de corpo e alma nela, se estamos nos precavendo para que a participação na Eucaristia não se torne rotina, se estamos reconciliados com nossos irmãos antes de irmos à comunhão. Afinal, comungamos o próprio Jesus Cristo. Também nos levou a olhar para a vida fraterna, base do Evangelho, seu maior ensinamento, sua maior meta. Devemos colocar em prática o que nos disse: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. É um imperativo para o cristão, um desafio para todos. Lembrou que o Papa Francisco pedia aos casais, e vale para nós: não percam o costume de, em casa, dizerem “com licença”, “por favor”, “obrigado”... de criar uma sadia interdependência fraterna. Convidou-nos a reconhecer as “sombras” que impedem de sermos fraternos, e para isso, cultivemos a humildade. Por fim, recomendou que nós nos coloquemos nas mãos de Deus: Ele pode e quer nos curar.
Entre uma pregação e outra, momentos de silêncio e interiorização pessoal enriqueceram o Retiro; além de momentos devocionais, franciscanos e marianos, adoração eucarística, celebrações eucarísticas diárias, celebração penitencial. O espaço físico também proporcionou conforto e boas condições para meditação e repouso.
Fica expressa a gratidão da Província a D. Jacinto, à Fraternidade de Guaramiranga na pessoa de Frei José Maria, administrador da Pousada, a todos os funcionários, zelosos, atenciosos e prestativos em servir e a todos os frades que prepararam os vários momentos do Retiro e o fizeram acontecer.
“Louvai e bendizei ao meu Senhor, e dai-Lhe graças, e servi-O com grande humildade!”
(São Francisco, Cântico das Criaturas)
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Saulo de Sousa (Fraternidade São Benedito)