“Vou e volto a vós ... vou para junto do Pai, porque o Pai é maior do que eu” (Jo 14, 28-29)
O amigo Jesus, aquele com o qual partilhávamos as jornadas, as alegrias e os entusiasmos, as incompreensões do mundo e o ódio, o amor e os milagres, as fadigas e as orações, está para ir embora. Como viveremos sem a presença amiga ou mesmo uma posse? (uma pessoa, uma coisa, uma situação?). A Palavra nos convida a reencontrar o que nos falta, a ausência. Onde reencontrar? No santuário pessoal, no interior nosso e também em novas pessoas e situações que nos advém. O convite, o desafio é passar a viver a partir de nós mesmos, encontrar uma presença maior em nosso interior. É difícil? Claro! Já nascemos pedindo ajuda externa para não morrermos de fome e de frio. A Palavra (“Eu vou”) nos “fere” a fim de sairmos do torpor, nos fere nas ausências: ausências dolorosas que fazem bem e ao mesmo tempo nos põe na angústia, numa angústia que promete, promete o sabor de si e o sabor do real Deus que cria as verdadeiras presenças. E, então... coisas e pessoas terão os devidos lugares em nós.
Medita na íntegra na sessão NOSSOS ARTIGOS.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei José Lázaro Oliveira Nunes (Fraternidade Cúria Provincial N.S. do Carmo MA/PA/AP/CUBA (São Luís/Centro))