Bem-aventurado Leopoldo de Gaiche
Sacerdote da Primeira Ordem (1732-1815). Beatificado por Leão XIII no dia 12 de março de 1893.
Leopoldo nasceu em Gauche em Perusa no dia 30 de outubro de 1732, foi batizado com o nome de Giovanni, e morreu em Monteluco de Espoleto no dia 2 de abril de 1815. Seus pais José Croci e Antonia Maria Giorgi eram agricultores e buscaram educar seu filho na vida cristã com simplicidade e profundidade. Desejoso para consagra-se a Deus, escolheu a Ordem dos Frades Menores e vestiu o habito no dia 19 de março de 1751 no Convento de São Bartolomeu de Civitola. De 1752 a 1757 dedicou-se ao estudo da literatura, filosofia e teologia. Foi Ordenado sacerdote no dia 5 de março de 1757 e depois ensinou filosofia e teologia com grandes proveitos aos estudantes. Seu amor ao saber aparecia nitidamente em seus escritos.
O maior campo de ação ao qual esteve ligado o nome do Beato Leopoldo foi a pregação, para a qual ele sentia-se motivado por sua excelente qualidade de orador. Destacou-se em todos os cursos sobre missão, que duravam pelo menos 15 dias, com 3 ou 4 sermões diários. Seguia o método de São Leonardo de Porto Mauricio, cujos escritos sempre levava para as missões e recomendava para leitura ao grupo de missionários que ia até ele. Viajava sempre a pé. Em todas suas missões utilizava “companhias” que tinham como missão acordar os que viviam em pecado. Depois de uma incisiva pregação, costumava flagelar suas costas. Durante as missões pregadas por ele, se faziam duas procissões: uma penitencial, na qual todos deveriam participar de pés descalços e coroas de espinho na cabeça; e a outra procissão era das Virgens, da qual participavam mulheres e adolescentes vestidas de branco. Em 47 anos de apostolado, seguidos de um pequeno “Livro de pregações”, fez 30 cursos de missão, de 15 dias de duração, pregando varias vezes ao dia; foram 40 quaresmas, 14 cursos sobre advento, 94 cursos de exercícios espirituais e muitas outras pregações espalhadas em vários lugares. Onde pregava, levava a devoção à Paixão e Morte de Jesus, e nos fim das missões construía Vias-sacras (construiu 73). Levantava cruzes comemorativas nos montes e nas planícies. Notórios eram os frutos gerados dessas intensas pregações.
Na Ordem dos Frades Menores, Frei Leopoldo desempenhou importantes oficios: foi guardião, custodio da Província e Ministro Provincial de Umbria. São Leonardo de Porto Mauricio ao morrer deixou sua espiritualidade a outro grande homem, o beato Leonardo de Gaiche, que em 47 anos de pregação, apoiado por uma vida penitencial implacável, evangelizou a Úmbria e Lacio, fortalecendo-as contra erros e opondo-se com suas palavras contra as corrupções dos costumes. Teve a dor de ver seu querido Convento de Monteluco, transformado em casa de idosos. No fim do governo napoleônico, Leopoldo pode retornar para sua casa, mas aproveitou muito pouco ao retornar. Já estava enfermo e sem forças por conta da velhice, morreu no dia 2 de abril de 1815. Toda a cidade de Espoleto chorou naquele dia. Tinha 83 anos. Foi beatificado por Leão XIII no dia 12 de março de 1893.
Fonte: Santos Franciscanos para cada dia, Ed. Porziuncola