Na audiência ao prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, no último sábado, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heróicas do Servo de Deus frei Damião de Bozzano e do leigo Nelson Santana, bem como o milagre por intercessão do Venerável Servo de Deus Pe. Donizetti Tavares de Lima que será beatificado
Francisco reconheceu as virtudes heróicas do Servo de Deus Frei Damião de Bozzano, no século Pio Giannotti, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Ele agora torna-se Venerável. O frade capuchinho nasceu em Bozzano, na Itália, em 5 de novembro de 1898 e morreu em Recife, no Brasil, em 31 maio de 1997.
Frei Damião chegou ao Brasil, em 1931, e radicou-se em Recife. Dedicou-se às populações mais pobres do país e às Santas Missões durante os seus 66 anos de vida religiosa.
As Santas Missões eram um tempo forte de graça e conversão. A cidade parava para ouvir e celebrar a Palavra de Deus proclamada por Frei Damião. Durante a semana da Missão havia encontros específicos com homens, mulheres, jovens, catequese para as crianças, visitas aos doentes e encarcerados.
A Missão começava geralmente na segunda-feira e encerrava-se no domingo com a procissão dos motoristas e a bênção dos automóveis pela manhã, e à noite, o grande sermão com os últimos conselhos do missionário.
Durante o encontro, o Santo Padre autorizou a promulgação de alguns decretos, reconhecendo o milagre por intercessão do Venerável Servo de Deus Pe. Donizetti Tavares de Lima que será beatificado.
O sacerdote diocesano brasileiro nasceu em 3 de janeiro de 1882, em Cássia (MG), e faleceu em 16 de junho de 1961, em Tambaú (SP). Padre Donizetti espalhou por Tambaú diversas obras sociais, dentre as quais a fundação do asilo São Vicente de Paulo e da Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Tambaú. Criou também a Congregação Mariana, a Irmandade das Filhas de Maria e o Círculo Operário Tambauense.
Exerceu seu sacerdócio como Jesus, a serviço dos pobres, dos marginalizados e doentes. Viveu de maneira simples e humilde, sempre à disposição do povo.
Leigo, brasileiro de Ibitinga (SP), Nelson nasceu 31 de julho de 1955, e morreu em Araraquara (SP), em 24 de dezembro de 1964., na vigília de Natal.
Nelsinho, como era conhecido, era um garoto que tinha câncer no braço. Entre os 7-8 anos, ele sofreu uma queda, provocando um ferimento no ombro esquerdo que começou a se complicar. Seu braço esquerdo foi amputado. Dos 7 aos 9 anos praticamente morou no hospital e fez lá a sua primeira comunhão. Ele mesmo anunciou a sua morte previamente. O lugar onde Nelsinho foi enterrado, com o passar do tempo, tornou-se alvo de muitas visitas por graças alcanças atribuídas a ele.
O Pontífice reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus Carlo Cavina, sacerdote diocesano, fundador da Congregação das Filhas de São Francisco de Sales. Nasceu em Castel Bolognese, na Itália, em 29 de agosto de 1820 e morreu em 15 de setembro de 1880 em Lugo (Itália).
O Papa também reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus Raffaele de Sant’Elia a Pianisi, no século Domenico Petruccelli, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Nasceu em Sant’Elia a Pianisi, na Itália, em 14 de dezembro de 1816 e ali faleceu em 6 de janeiro de 1901.
Reconheceu também as virtudes heroicas do Servo de Deus Vittorino Nymphas Arnaud Pagés, no século Agostino, irmão professo do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs. Nasceu em Onzillon, na França, em 7 de setembro de 1885 e morreu em San Juan de Puerto Rico (Porto Rico), em 16 de abril de 1966.
O Papa também reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Consolata Betrone, no século Pierina Lorenzina Giovanna, monja professa das Clarissas Capuchinhas. Nasceu em Saluzzo, na Itália), em 6 de abril de 1903, e morreu em Moriondo (Itália), em 18 de julho de 1946.
Por fim, o Sant oPadre reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Gaetana Tolomeo, conhecida como “Nuccia”, leiga nascida em Catanzaro, Itália, em 10 de abril de 1936 e falecida ali em 24 de janeiro de 1997.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Josias José da Silva Neto (Convento Nossa Senhora da Penha)