SAV Província: Como se deu o discernimento vocacional?
PAZ E BEM! O meu discernimento vocacional foi muito bacana, poderia dizer até tranquilo, as vezes brinco, não tive nenhuma revelação especial, nenhum chamado ao pé do ouvido, (risos). O meu chamado se deu no seio das comunidades eclesiais de Base, lá no interior da diocese de Colatina, em Sooretama, na qual eu e minha família frequentava, meu chamado foi se revelando aos poucos na realização do dia a dia dos trabalhos pastorais junto a minha comunidade, na pastoral litúrgica no grupo de coroinhas, pastoral da juventude (PJ), penso que o testemunho familiar e o contato com as religiosas ajudaram muito no meu discernimento. Minha adolescência foi normal como de qualquer jovem realizei as experiências que esta fase da idade proporciona com muita intensidade, tempo muito bom de amizade e aprendizagem e muito trabalho. O discernimento para a vida religiosa penso que veio dos testemunhos das religiosas que trabalham na minha paróquia, as irmãs Dimesse “filha de Maria Imaculada”, mulheres de testemunho autênticos da vivencia dos conselhos evangélicos, são um testemunho muito forte para mim. Daí veio a ideia de ser religioso, um padre missionário, ir aonde for preciso para anunciar o evangelho. Os capuchinhos surgiram nesse momento mais intenso no meu processo de discernimento, trabalhava no SAV da paróquia, fazíamos vários encontros vocacionais a nível de diocese, (Colatina) em um desses eventos conheci os freis de Santa Tereza, e passei a buscar conhecer quem eram aqueles freis de habito diferente, não era familiarizado com habito, (risos). Me chamou atenção o carisma dos freis e se encaixava naquilo que procurava, ser um Padre missionário, ir aonde ninguém quer ir, eis a nossa missão, dizia nosso Ministro Geral Mauro Jhori, há alguns anos, em sua carta a toda a ordem, recordando aquele ardor que me fez sair da minha cidadezinha para ir ao encontro dos pobres deste mundo. Bem é mais ou menos isso (risos).
SAV Província: No processo formativo, quais pessoas colaboraram com você?
Penso que no meu processo formativo várias pessoas ajudaram, os freis do acompanhamento vocacional, frei Sebastião, frei Amilson, ( que já não se encontra mais como frade) os freis formadores aqui lembro o primeiro frei Lá em 2009 em Itambacuri, Frei Luiz Carlos Siqueira, seu Jeitão, sério, (risos), mas só por fora depois de conhecermos melhor se apresentou como um irmão amigo de todas as horas, outros confrades frei Jorge Veiga, silvestre, e tanto outros, também Frei Osvaldo ( hoje clero secular) diretor de postulado I, Frei Arles, postulado II, frei João Rodrigues e todos os frades do noviciado interprovincial em Nova Fátima – o melhor (risos) – lá na província do brasil central fiz muitos amigos. E os freis do pós noviciado, Eduardo, Luiz Fernando. Há vários outros, pois cada fraternidade em que residi me ensinou um pouco como ser um bom confrade, deixo aqui saudação especial ao meu irmão Alex Cuquetto, colega de turma desde o começo (risos).
SAV Província: Poderia relatar para nós alguma experiência forte que te marcou no tempo da formação inicial?
Várias experiências boas para serem recordadas mas destaco duas a experiência de estudos franciscanos junto com a OFS de Teresópolis, onde pude mergulhar com intensidades na história franciscana. E depois a profissão religiosa em Nova Fátima. Pois foi um período de formação intensa muito boa de acolhida dos irmãos da província do brasil central e do povo da comunidade que me mostrou como é bonito seguir são Francisco.
SAV Província: Como você define o ministério diaconal?
O ministério diaconal para mim é SERVIÇO, é exercer junto da comunidade eclesial de base, o anuncio ao evangelho de Jesus, sempre ao lado dos mais pobres, e daqueles que estão à margem da sociedade.
SAV Província: Qual mensagem você pode deixar para os jovens?
Para os Jovens hoje faço as minhas palavras as do Papa Francisco quando diz “ TENHAM CORAGEM, NÃO TENHAM MEDO DE SONHAR COISAS GRANDES” Sonhem o Sonho de Jesus, de ir a todos os cantos da terra e ali serem testemunhos do Reino de Deus, buscando promover a justiça e a fraternidade. Na luta por um mundo melhor.
Não tenham medo de se ariscar na vida consagrada de dedicar gastar sua vida para o anuncio do Evangelho! Vale muito apena!
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Anderson Teodoro Aguiar Silva (Fraternidade São Crispim de Viterbo)